Resenha: Slipknot - 5: The Gray Chapter

Após ouvir o disco é difícil organizar as ideias pra começar a comentar algo, o disco na abertura (XIX) já começa como todo o show do Slipknot, cheia de suspense, mais já apresenta novas timbragens e quando menos se espera soam palavras de ordem bradadas por Corey a plenos pulmões, mas vamos direto e reto como eu gosto em resenhas, nesse disco você não verá o novo baixista e baterista criando algo mirabolante, lembre-se eles ainda não fazem parte da banda, então como bons músicos de estúdio seguiram bem as ordens dos verdadeiros membros, o disco tem a cara e assinatura do Slipknot, o fato do Joey Jordinson (ex-baterista) não estar nesse disco e ser um dos principais compositores do Slipknot realmente não fez falta, o disco tem melodias e letras que transpiram o velho e bom Slipknot, porém com uma roupagem melhor, esse disco é uma evidência de continuísmo do disco "Subliminal Verses Vol.3" de 2004, a música da banda evolui bastante a partir desse ponto, Jim Root e Mick Thomson reafirmam o casamento na dobradinha de guitarras que funcionou muito bem mais uma vez.

 Corey é outro que surpreende, o vocalista ousou menos em ataques a notas mais altas, a mudança da sua voz a partir dos 40 anos foi muito bem assumida, Corey demonstra total domínio de seu instrumento vocal, os vocais nesse disco realmente trazem boas surpresas. 

A banda apresenta nesse disco o seu lado mais melódico, temos até uma balada (Killpop), faixa essa pronta a ser tocada a exaustão nas rádios e em estádios mundo a fora, apesar de mais melódicas, as melodias das faixas não estão menos agressivas, a banda parece ter alcançado controle e total coerência musical, traz diversos novos elementos a musicalidade da banda, como se espera de uma banda com essa quantidade de membros, esse disco sem sombra de dúvidas entra para a lista de melhores de 2014, arrisco inclusive o palpite de indicação ao Grammy de melhor disco de hard rock/heavy metal de 2015, em resumos técnicos o novo baixista fez o que tinha que fazer, o baterista se destacou bem, não dispensou boas quebradas, cavalgadas e porradaria com os seus bumbos, mostrou ter habilidade e disposição (Ao vivo nas faixas antigas já são outros quinhentos), Chris Fehn e Shawn Crahan executaram com precisão as suas intervenções de percussão, destaco a faixa "Lech" onde a dupla faz o Slipknot entrar quase em ritmo de carnaval, Jim Root e Mick Thomsom mostraram perfeito entrosamento, trouxeram boas melodias e pegadas com suas guitarras nesse disco, o Craig Jones e Sid Wilson como sempre trouxeram os arremates finais onde era necessário.

No resto é um ótimo disco, com cara de Slipknot, então se você faz parte do maggots mala, ouça entenda o novo disco e pare de reclamar porque o Joey saiu; saiu por que a banda que convive com ele o demitiu, supere, Joey é um ótimo baterista e compositor, mais realmente não fez falta a esse disco.
Destaco e recomendo as faixas "Sarcastrophe" (Convite ao primeiro circle pit na sala), "AOV" (Convite direto ao bate cabeça), "The Devil in", "Killpop" (Talvez a mais fantástica do disco), "Skeptic", "Lech" (Quase um carnaval percussivo), "Goodbye" (Outra balada melódica, mas também tão perfeita quanto "Killpop"), "Nomatic'', "Custer" (Mais um convite direto ao circle pit) e "The Negative One".


Então de 0 a 10 esse disco leva um 8,5 com louvor, a compra do disco vale a pena com certeza, pros colecionadores esse mesmo disco tem um versão deluxe com mais duas faixas, também há opção de vinil e diversos formatos de single.

1- XIX
2- Sarcastrophe (áudio)
3- Aov (áudio)
4- The Devil In I (vídeo clipe)
5- Killpop (áudio)
6- Skeptic
7- Lech
8- Goodbye
9- Nomadic
10- The One That Kills The Least
11- Custer (áudio)
12- Be Prepared For Hell
13- The Negative One (vídeo clipe)
14- If Rain Is What You Want
15- Override (bonus track)
16- The Burden (bonus track)