Resenha: Avenged Sevenfold “Hail To The King”


Assim como o Slipknot, o Avenged Sevenfold é, basicamente, uma banda adorada por adolescentes. Ao contrário dos insanos e criativos mascarados, porém, o vocalista M. Shadows e sua trupe são bem comportados e investem em uma produção cristalina, com refrãos fáceis e uma rebeldia um tanto quanto artificial.

Em “Hail To The King”, assim como nos álbuns mais recentes, o Avenged Sevenfold apresenta uma sonoridade calcada no hard rock mais pesado, o chamado hard n’ heavy. E tudo seria bem aceitável, mesmo com o viés comercial da banda, não fosse a pretensão e a falta de vergonha na cara em plagiar os outros - especialmente o Metallica.

É verdade que a banda sempre pensou grande e deve sonhar em fazer algo na linha do “Black Album”, o disco de metal mais bem-sucedido de todos os tempos. Os timbres até são parecidos, e isso está longe de ser um defeito. Mas chega a dar vergonha ouvir, por exemplo, “Shepherd of Fire” e “This Means War”, claramente feitas em cima de “Enter Sandman” e “Sad But True”, respectivamente.


Mas o Avenged Sevenfold é democrático e copia também o Iron Maiden em “Coming Home”, Guns n’ Roses em “Doing Time”, assim como diversas outras bandas durante o restante do repertório. Quem já é rodado no gênero pode até brincar de “qual banda eles estão parasitando agora?”. O público deles, no entanto, é bem jovem e ninguém vai se preocupar com essa falta de originalidade.

Obviamente “Hail To The King” é muito bem gravado e o Avenged Sevenfold tem ótimos músicos. Mas dizer que eles se “inspiram” no trabalho dos outros é apenas querer ser educado. O que eles praticam é latrocínio: roubam boas ideias e as assassinam.

                                                 01. Shepherd of Fire
02. Hail to the King
03. Doing Time
04. This Means War
05. Requiem
06. Crimson Day
07. Heretic
08. Coming Home
09. Planets
10. Acid Rain

créditos: Territoriodamusica