Enquanto o Korn fazia sua turnê pela Europa a revista, Metal Hammer, foi a primeira a escutar o mais novo trabalho da banda intitulado "The Paradigm Shift" veja aqui a capa e o tracklist do novo álbum
Confira a seguir oque a revista destacou sobre “The Paradigm Shift“.
Quando você se observa trabalhando para uma revista como a Metal Hammer, você terá muitos momentos onde não consegue acreditar em quão ridiculamente sortudo você é. Como quando você recebe uma ligação dois dias antes do Download Festival dizendo, “Você quer uma carona para Donington com Jonathan Davis e ele te mostrar o novo álbum do KoRn no caminho?” Esse é um dos maiores níveis de sorte de que estamos falando.
Nós encontramos JD (Jonathan Davis) fora do ostentoso Metropolitan Hotel no centro de Londres à meia noite. Sabe-se que o lendário líder da banda é muito noturno, mas o que você não pode conceber é o nível de energia e entusiasmo que o cara carregou no seu ônibus nas horas que passamos com ele. O que também não concebemos é ter sido acertados por uma tonelada de funk sendo atirado na gente até às 2am. “Vamos te mostrar o novo álbum, mas primeiro vamos te dar o funk!” disse Jonathan, o diabo em seu tom de voz e travessuras ressoando em sua voz. “Vamos apavorar toda merda que você ama!”
Sentando entre um conjunto de Rick James, Average White Band e Teena Mari, ficamos batendo nossas mãos desajeitadamente no colo enquanto JD e sua turma faziam-nos sentir como os homens mais brancos já vivos. Após o funk ter ficado pra trás, Davis nos coloca num banco onde ele escreveu as músicas para o novo álbum, na frente de dois alto-falantes que soavam altos o suficiente para sacudir as janelas dos carros próximos a nós na estrada. Ele então nos mostrou o que não é apenas o melhor álbum do KoRn desde o criminalmente subestimado Untouchables, mas o CD que coloca a banda dentro de seus 20 anos de carreira no topo do metal.
Ao que parece, somos os primeiros a ouvir o álbum além da família do KoRn e nossa surpresa no som do álbum é recebida com um olhar de puro deleite. Com o guitarrista Head retornando à banda pela primeira vez desde 2005, nossa inclinação natural nos guia a esperar algo levemente nostálgico, remontando ao ‘clássico’ som da banda. O resultado não poderia estar além dessa suposição.
“Eu sabia que isso é o que as pessoas vão pensar!” disse Jonathan com um largo sorriso no rosto, jogando sua cabeça para o lado.
“Eu vejo um monte de bandas fazendo isso e está tudo bem para elas. Se outras bandas querem experimentar e recapturar algo que eles fizeram e isso funciona, então ótimo, mas não estamos prontos para nos tornarmos esse tipo de banda… de jeito nenhum.”
O novo álbum combina com a composição envolvida no Untouchables, com toda uma série de produtos eletrônicos pesados que deram ao The Path of Totality sua identidade. Se você pensou que esse álbum [TPoT] foi algo experimental, pense novamente. Aquelas batidas eletrônicas são agora uma parte integral do som do KoRn. Adicione a sensibilidade de vocais-pops do produtor Don Gilmore (Linkin Park, Good Charlotte) nessa mistura e você tem um álbum que é mais moderno do que um novo par de tênis Jordan – um que revitaliza a banda em termos de invenção e qualidade.
“Estou pronto para as pessoas falarem merda sobre o que estamos fazendo,” disse Davis. “É natural para as pessoas temerem mudanças, mas é diferente para nós e é diferente do que está acontecendo ao nosso redor. Existem muitas bandas que apenas ficam na mesma e se isso é o que você quer, você sabe onde encontra-las.”
Há uma colaboração aqui com o holandês de drum’n’bass Noisia, uma balada, com um som tão pesado que te atinge direto, e toda uma série de sons modernos que trazem o que pode ser a mais variada performance vocal da carreira de Davis. Você ouve um monte de murmúrios que remetem a originalidade, mas essa é a pegada.
“Eu preciso me sentir animado com o que fazemos e isso é excitante,” disse Jonathan. Podemos não ver o “pavor” olhos-nos-olhos”, mas não discutiremos isso.
