Nickelback: banda pretende voltar frequentemente ao Brasil


O Nickelback desembarca essa semana no Brasil pela primeira vez em sua carreira. Os canadenses subirão ao Palco Mundo, no Rock in Rio, na próxima sexta-feira, dia 20. No dia 22, o quarteto vai se apresentar antes do Bon Jovi, em São Paulo.

Em entrevista ao Território da Música, o baixista Mike Kroeger, irmão de Chad Kroeger, (vocalista) contou como tem sido viajar o mundo com a turnê de seu mais recente álbum, “Here and Now” e prometeu compensar os fãs brasileiros com mais shows por aqui. O músico adiantou que a banda tocará todas as canções mais conhecidas e ainda se mostrou ansioso para ver Sepultura e Frejat, no Rock in Rio. Leia a conversa na íntegra: 

Território da Música: A banda está passando pelo mundo todo na turnê do disco “Here and Now”. O que vocês viram ou experimentaram de mais interessante até agora?
Mike Kroeger: Estivemos em muitos lugares legais até agora e tem sido muito interessante. A Rússia foi muito legal. Tem sido demais visitar vários lugares com a turnê “Here and Now” e estamos animados em viajar para a África do Sul, conhecer o mundo e tocar.

O Rock in Rio está aí e será no festival a primeira apresentação do Nickelback no Brasil. Vocês tocarão no mesmo dia que o Matchbox Twenty e Bon Jovi. Dois dias depois, tocarão em São Paulo, novamente com Bon Jovi. Como estão as expectativas?

MK: Soubemos que os fãs brasileiros são os melhores do mundo e não vemos a hora de conferir isso e tenho certeza que os fãs do Bon Jovi também vão agitar.

E o que o público pode esperar?
MK: Bem, nós vamos tocar músicas que o público brasileiro conhece e às vezes não sabe que são do Nickelback. Às vezes tocamos umas músicas para criar uma conexão até que todos percebam que é uma música que realmente conhecem.

Vocês têm um contato mais próximo com os fãs através das redes sociais?

MK: Temos um pessoal nas redes sociais. Eu, pessoalmente, não lido com isso, pois é tão trabalhoso que eu não conseguiria acompanhar tudo. Mas eu tento ficar ligado o máximo que posso e, prestando atenção, fica claro que o Brasil é o maior país no mundo ativo nas redes sociais. E isso reflete no quanto os brasileiros acompanham o Nickelback e ficamos felizes com isso.

Você ou alguém da banda conhece alguma coisa de música brasileira?
MK: Eu não conheço nada mais contemporâneo. Eu cresci sendo um “metalhead”, então conheço o Sepultura e o Soulfly. Eu também comecei a jogar capoeira há alguns anos e, com isso, me interessei bastante por essa cultura e vertente musical vinda da capoeira. Tirando isso, não sei muito sobre a música brasileira, mas quero muito ver no Rock in Rio, que vai ter um monte de artistas brasileiros para conferir. Alguma recomendação?

No dia do Nickelback, vai ter show do Frejat pouco antes de vocês no Palco Mundo. Recomendo que assistam ao show dele.

MK: Ótimo! 

E o Sepultura também vai tocar, no dia anterior ao seu show.

MK: Estava mesmo querendo saber isso, quando seria o Sepultura, Metallica e Alice in Chains, quero vê-los. Vai ser bem legal. Estarei lá.

Vocês terão alguns dias de folga aqui no Brasil? O que gostariam de fazer por aqui?
MK: Vou tentar fazer o máximo que puder, mas vai ser uma loucura. Vou conferir os shows do Sepultura , Ghost, Alice in Chains, dias antes do nosso show no mesmo lugar. Depois do Rock in Rio, vamos para São Paulo e então pegamos um voo direto para casa. Vai ser apertado, mas vamos tentar ver algumas coisas. Eu mal consigo esperar para conhecer o pessoal. 

Mike, quando a banda determina que é hora de começar a trabalhar em um novo material. Vocês ainda estão trabalhando o álbum lançado em 2011. Já pensam no próximo?
MK: Sim, já começamos a fazer isso. Já demos início a esse processo e estamos juntando cada vez mais coisas novas para trabalharmos no novo álbum. 

Ótimo, para quando podemos esperar esse álbum?

MK: Esperamos que saia nessa época, no ano que vem.

Durante o processo de composição, a banda procura inspiração em novas ou até coisas antigas que vocês ouvem, ou é mais importante se manter verdadeira ao som do Nickelback?
MK: São coisas diferentes ser inspirado por algo e engatilhar emoções que te façam criar coisas diferentes. Mas não acho que seja sempre uma coisa direta. Às vezes é somente uma questão de ouvir algo no rádio, ou em qualquer lugar, que te dê uma ideia que você depois nem saiba de onde veio.

A banda tem uma base de fãs enorme ao redor do mundo, o que deve ser bem fácil de se acostumar, certo? Quanto às criticas negativas, como vocês lidam?

MK: Sabe, no começo a gente ficava chateado, mas agora nós percebemos que muito dessa crítica é irrelevante. As pessoas tomam suas próprias decisões sobre o que elas querem ouvir e o que gostam. Algumas das minhas músicas favoritas receberam más críticas. O Led Zeppelin nunca teve uma crítica boa da revista Rolling Stone. Eu realmente não vejo como algo que signifique muito. 

Quais são suas bandas favoritas? Tem algo que não sai do seu iPod nunca?

MK: Eu ouço muita música estranha, umas coisas que não são muito comerciais. Eu gosto muito de uma banda sueca chamada Meshuggah.

Vocês quatro têm gostos similares ou somente para a música que fazem?
MK: É certo que nos juntamos para a música do Nickelback, mas curtimos umas coisas bem diferentes. O Chad gosta de ‘classic rock’, o Ryan gosta de um monte de coisas diferentes, mas curte muito country e ‘western’. Daniel curte bastante rock progressivo - ele é um que gosta mais do tipo de música que eu gosto: música esquisita mesmo, loucura de músicos (risos). Escutamos juntos algumas coisas bem antigas, como Mr. Bongo, até mesmo o Meshuggah, que mencionei antes. 
É bom que você tenha alguém na banda para compartilhar essa estranheza.

MK: Sim! Quando tocamos essas para os outros caras, eles só dizem “então tá”. Eles não entendem (risos). Não são tão esquisitos. 

Alguma mensagem aos nossos leitores?
MK: Quero convidar a todos para nos ver. Desculpe-nos pela demora em ir aí, mas iremos compensá-los e voltar mais frequentemente. Com certeza nos divertiremos muito e estamos ansiosos.


Créditos: territoriodamusica